domingo, 9 de setembro de 2012


Sodoma e Gomorra

     Sodoma e Gomorra do hebraico סְדוֹם Sodom e עֲמוֹרָה Amorah , eram duas cidade que de acordo com a Biblia foram destruidas por fogo e enxofre caidos do céu!
     O território que abrangia a área de Sodoma e Gomorra se aplica, por extensão, às cinco cidades-estado do Vale de Sidim, no Mar Salgado ou Mar Morto. Eram elas: Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela (também é chamada de Zoar).
     O Vale de Sidim (Vale dos Campos) era descrito como um lugar paradisiaco que ocupava uma área aproximadamente circular no vale inferior do Mar Salgado, actualmente submerso pelas suas águas salgadas. A região é chamada em hebraico de Kikkár que significa "bacia". A pequena península na margem oriental do Mar Salgado, é chamada em árabe de El-Lisan que significa "a língua". Desde a península de El-Lisan ao extremo sul, se estenderia o Vale de Sidim. O seu fundo registra uma profundidade de 15 a 20 metros, enquanto para norte da península, o fundo desce rapidamente para uma profundidade de 400 metros.
    Segundo a Bíblia, o motivo da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra foram a perversidade de seus habitantes e a imoralidade e a desobediência ao Senhor.
Após o retorno de Abraão do Egito relato bíblico menciona que os habitantes de Sodoma eram grandes pecadores contra Deus. Porém, isso não impediu uma coexistência pacífica entre os habitantes de Sodoma com o patriarca Abraão, e com o seu sobrinho, Ló.
    Alguns escritos judaicos clássicos enfatizam os aspectos de crueldade e falta de hospitabilidade com forasteiros. Uma tradição rabínica, exposta na Mishnah, afirma que os pecados de Sodoma estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo à propriedade, e que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns textos rabínicos acusam os sodomitas de serem blasfemos e sanguinários. Outra tradição rabínica indica que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de forma sádica. Um dos crimes cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao de Procusto, na mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma" (midat sdom) na qual os visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossem mais altos, eram amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento da cama.
    Cientistas britânicos conseguiram decifrar as inscrições cuneiformes de um bloco de argila datado de 700 a.C. e descobriram que se trata do testemunho feito por um astrônomo sumério sobre a passagem de um asteróide – que pode ter causado a destruição das cidades de Sodoma a e Gomorra.
   Conhecido como “Planisfério”, o referido bloco foi descoberto por Henry Layard em meados do século 19 e permanecia como um mistério para os acadêmicos. Ele traz a reprodução de anotações feitas pelo astrônomo há milhares de anos.
Utilizando técnicas computadorizadas que simulam a trajetória de objetos celestes e reconstróem o céu observado há milhares de anos, os pesquisadores Alan Bond, da empresa Reaction Engines e Mark Hempsell, da Universidade de Bristol, descobriram que os eventos descritos pelo astrônomo são da noite do dia 29 de junho de 3123 a.C., segundo o calendário juliano.
Segundo os pesquisadores, metade do bloco traz informações sobre a posição dos planetas e das nuvens e a outra metade é uma observação sobre a trajetória do asteróide de mais de um quilômetro de diâmetro.
    De acordo com Mark Hempsell, pelo tamanho e pela rota do objeto, é possível que este se tratasse de um asteróide que teria se chocado contra os Alpes austríacos, na região de Köfels, onde há indícios de um deslizamento de terra grande. O asteróide não deixou cratera que pudesse evidenciar uma explosão. Isso se explica, segundo os especialistas, porque o asteróide teria voado próximo ao chão, deixando um rastro de destruição por conta de ondas supersônicas, e se chocado contra a Terra em um impacto cataclísmico.
   Segundo os pesquisadores, o rastro do asteróide teria causado uma bola de fogo com temperaturas de até 400ºC e teria devastado uma área de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados. Hempsell afirma que a escala da devastação se assemelha à descrição da destruição de Sodoma e Gomorra, presente no Velho Testamento, e de outras catástrofes mencionadas em mitos antigos.
  O pesquisador sugere ainda que a nuvem de fumaça causada pela explosão do asteróide teria atingido o Sinai, algumas regiões do Oriente Médio e o norte do Egito. Hempsell afirma que mais pessoas teriam morrido por conta da fumaça do que pelo impacto da explosão nos Alpes.
   O fato é que existem muitos equivocos e fantasias com relação a história de Sodoma e Gomorra.
   Criou-se a idéia de que o pecado de Sodoma era a homossexualidade, idéia equivocada, pois em Ezequiel 18:22 e Lucas 17:28-29, tanto o Profeta quanto Cristo descreveram o de Sodoma de forma clara: orgulho, xenofobia e falta de assistência ao pobres. Os homens da cidade queriam “conhecer” os visitantes de Ló (a palavra quer realmente dizer relação sexual, entretanto o fato é que naquele momento e naquela região o sexo era utilizado como meio de demonstrar dominação e meio de humilhar), em nenhum momento a Bíblia demonstra interesse afetivo por parte dos homens de Sodoma, ao contrário demonstra a hostilidade dos sodomitas com Ló: Gênesis 19:9 “ Eles, porém, disseram: Sai daí. Disseram mais: Como estrangeiro este indivíduo veio aqui habitar, e quereria ser juiz em tudo? Agora te faremos mais mal a ti do que a eles. E arremessaram-se sobre o homem, sobre Ló, e aproximaram-se para arrombar a porta".Outro ponto importante é que não poderiam ser todos os homens de Sodoma homossexuais já que Ló oferece suas filhas (Gênesis 19:8), além de possuir genros que eram sodomitas (Gênesis 19:14).
 

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