Toda nossa ventura enternecida.

meu relógio a marcava hora por hora.

O dia em que tornaste a minha vida,

o amargo instante em que foste embora.

Não gosto dele continuo a lida,

contando o tempo em que te encontras fora.

Porque não para se me vê sentida e me

entritesse a sua voz sonora???

Quero um relógio assim como o arco-iris

que vem ou vai com horas singulares.

Compra-me um desses acaso o vires...

Um que tenha expressão enquanto olhares

que se atrase antes de tu partires e que se adiante para tu voltares.

Eu odeio tudo isso

eu odeio perder,perder de novo.

Mais uma vez a noite chegou para

alimentar a minha dor,me machucar,

fazer jorrar sangue de um coração quebrado feito

Umhomem sonha,um sonho quase apagado

de tocar um rosto,de poder cantar canções de amor

em vez de catar os seus pedaços.

Um sonho de poder te olhar,olhar denovo

e nunca estou acordado.

E hoje como uma flor na beira de um rio de esgoto me sinto desolado do mundo

procurando motivos para entender pq não estou em um campo belo.

Queria tanto ver todos os dias o amanhecer dentro do seu castelo.Queria poder renascer e esquecer desse mal que um dia me fizeram.Sem antes enlouquecer sabendo que meus sonhos nunca passaram de um desejo.Um desejo eterno de te ouvir dizer você é o que eu mais quero++++

O inevitável padecer obituário

Desde remotas eras foste cultuado por inúmeros seres..provocas em vários outros a angustiante incógnita de qual é teu real destino.
Imortais névoas sepulcrais que ofuscam a fria palidez marmorial.
incessantes lágrimas inconsoláveis que no ápice do desespero almejam o utópico.
Moribunda e insignificante existência que impiedosamente foi dizimada...
Restos improdutivos de um ser que em sua lápide será o banquete dos vorazes vermes obituários.
Findados incessantemente em desvendar tua atordoante incógnita,procurando o inexistete em um caminho cômico e ilusório pois és a eterna setença de todos.
Tua onipotência é extrema,somos perante ti a imunda escória que ameniza teu bestial e tenebroso apetite pois,destinas-te a cada um de nós.
O inevitável padecer obituário++++

Prazeres no Jardim das trevas++++

Espinhos...rosas negras dominam os jardins das trevas.Transformam meu corpo em uma peça de leilão para os desejos demoniacos dos seres do submundo.
entrego-me em suas asas retalhads de sangue que percorrem meu corpo,embreagando minha mente através de meus poros .
Suas garras abrem minha carne alcançando minhas visceras,alimentando-se delas e obtendo desejos profanos de meu corpo.
Seduzindo minha alma,levando-a até o êxtase do prazer.
Demônios de uma beleza inesplicável,sedutora e inocente.Que por trás de tanta inocência escondem sua face maligna de prazer e devassidão.
Tornando-me um ser sedento de prazeres e malicias obscuras que afloram a cada anoitecer com o aparecimento da grande,majestosa e pura Lua.
A única testemunha de meus crimes,pecados,lúxurias,o adjetivo que for para o prazer carnal.

Cristianismo a falência

O Cristianismo não foi senão a degeneração bastarda do Neoplatismo abaixado,a judaização do Helenismo pelo romano assim nossa época senil e cancerigena é o desvio múltiplo de todos os grandes propósitos confluentes ou opostos de cuja falência surgiu a era com que faliram.

As lágrimas de sangue nos meus olhos são lembranças de um pretérito repleto de fúnebres visagens noturnas.Meu estado mental se caracteriza pela tristeza...Sigo o funesto caminho do meu funeral, olho para o meu caixão e enxergo na sombra taciturna de um corvo doentio a minha face nociva.

Em frente ao tumulo da virtude corto meus pulsos.deixo escorrer meu sangue em forma de tragédias,sobre o céu cinzento perversas sinfonias são tocadas,o punhal da solidão invade em meu peito,espinhos misantrópicos tatuam imagens blafêmicas pelo meu corpo.Escuto a risada da morte se aproximar+++

No mais longinquo vale,árido e melancólico.Brota uma semente,que em seguida é despedaçada pelo pessimismo e pela solidão.meus sentimentos cobriam-se de um negro manto vou morrendo em solitude,torno me cruel assassino da vida e da sorte.Viver é um mal,é um segredo que os homns desconhecem.

Meu coração consternado embriaga-se de desespero humano,gritos agonizantes entorpecem meu corpr arfante,o meu sangue derrramado me fortalece,o que eu presciso é da morte,apenas para aliviar meu sofrimento e me deixar numa solidão pessimista eternamente! Diego Nephaastus

Dor

Um homem com uma dor
é muito mais elegante caminha
assim de lado como se chegando
atrasado andasse mais adiante+++

Carrega o peso da dor como
se portasse medalhas
uma coroa um milhão de dólares
O coisa que os valha
Òpios edens analgésicos
Não me toquem nessa dor
Ela é tudo que me sobra
Sofrer vai ser minha última obra.


Paulo Leminski

Depois do massacre

Falava da gravitação das flores
Do peso das hastes tencionando este abismo de pó
Ansiava uma espessura,uma cidade
Invisivel,no lugar de uma respiração.
Ser pássaro aonde não há nenhum.
Ser um aonde não há ninguém.

Garcia Lopes